Durante a primeira metade do século XIX, a Igreja Católica começou a manifestar preocupação com a presença de um proletariado empobrecido e em constante crescimento. A Igreja adopta soluções que passaram pela caridade. Em França, por exemplo, foi fundada a Sociedade de Moral Cristã, da qual emergiram inúmeras instituições de poupança e sociedades de socorros mútuos. A Sociedade tinha um comité para o aperfeiçoamento moral dos presos e outro para sua colocação.
Em 1891, o Papa Leão XIII publicou a Encíclica Rerum Novarum, em que a Igreja abordou problemas do mundo contemporâneo, tais como o salário, onde expressa preocupação sobre as condições de vida dos trabalhadores.
Pio X, que sucedeu ao Papa Leão XIII, ignorou as reformas religiosas de seu antecessor e dirigiu a concepção religiosa fundamentalista que profana a vida (ou seja, aquele que não obedecer a princípios religiosos), devem ser subordinadas aos princípios imutáveis do Catolicismo, bem como às decisões tomadas pela Igreja. Assim, todos os católicos devem dar permanentemente sinais inequívocos de professar uma fé total e absoluta.
CARTA ENCÍCLICA «RERUM NOVARUM»DO PAPA LEÃO XIII
SOBRE A CONDIÇÃO DOS OPERÁRIOS
SOBRE A CONDIÇÃO DOS OPERÁRIOS
1. A sede de inovações, que há muito tempo se apoderou das sociedades e as tem numa agitação febril, devia, tarde ou cedo, passar das regiões da política para a esfera vizinha da economia social. Efectivamente, os progressos incessantes da indústria, os novos caminhos em que entraram as artes, a alteração das relações entre os operários e os patrões, a influência da riqueza nas mãos dum pequeno número ao lado da indigência da multidão, a opinião enfim mais avantajada que os operários formam de si mesmos e a sua união mais compacta, tudo isto, sem falar da corrupção dos costumes, deu em resultado final um temível conflito.
Por toda a parte, os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expectante, o que por si só basta pa ra mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo. Esta situação preocupa e põe ao mesmo tempo em exercício o génio dos doutos, a prudência dos sábios, as deliberações das reuniões populares, a perspicácia dos legisladores e os conselhos dos governantes, e não há, presentemente, outra causa que impressione com tanta veemência o espírito humano.
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